Educação integral

Suor Maria Carmelita de Lima Conceição: texto de su intervención en el Sínodo

 
Com alegria agradeço ao Santo Padre pela iniciativa «Reconstruir o pacto educativo global»: em favor e com as gerações jovens, por uma educação mais aberta e inclusiva, e seu convite de “juntos, procurarmos encontrar soluções, iniciar sem medo processos de transformação e olhar para o futuro com esperança”. Mensagem do Papa Francisco para o lançamento do pacto educativo-12.09.2019
Reconhecendo que: O grito amazônico traduz-se no grito dos jovens indígenas, afrodescendentes, caboclos, brancos, mulatos, que precisam de uma oportunidade, respeito, dignidade, educação e evangelização e do conhecimento aprofundado da própria identidade cultural e histórica.
A educação integral valoriza a dimensão pedagógica intrínseca a toda cultura, na aprendizagem e aperfeiçoamento, sem imposição de parâmetros culturais estranhos, mas promove o dialogo entre os saberes tradicionais e as novas tecnologias a serviço do bem comum. (cf. IL 93).

Considerando
Que tudo, no mundo, está interligado e é necessário encontrar outros modos de compreender a dinâmica da vida, de estar presentes no mundo sem destruir os ecossistemas.
A ecologia integral coloca no centro a pessoa, sua relação com os outros, a realidade que a rodeia, e propõe-se um estilo de vida que rejeite a cultura do descarte.
Supõe uma educação integral que valorize o bem viver, o bem conviver  e o bem fazer, para assim ter um impacto significativo na Casa comum, que beneficiará não somente os povos tradicionais, mas todo o planeta (cfr. IL, n. 97).

Venho propor:
1.     Que a Igreja não renuncie a sua missão de educadora da fé, promovendo a formação dos cristãos, ao conhecimento da Palavra e anuncio;
2.     Que os líderes de comunidades presentes nos lugares mais distantes exijam do Estado a educação básica, bilíngue, acessível aos jovens e adultos, valorizando as culturas e o respeito às línguas nativas, que supere o abandono escolar e o analfabetismo, principalmente feminino. 
3.     Que seja criada no Brasil, a exemplo de outros países da pan amazonia, uma universidade indígena, aberta aos não indígenas, visando o empoderamento das populações tradicionais, no intercambio de saberem com a tradição acadêmica.
4.     Que a educação nos diversos ambientes promova o cuidado com a Casa Comum, formando criticamente os jovens diante da degradação do meio ambiente, o tráfico de pessoas, as situações análogas à escravidão, o garimpo e as mineradoras invasivas, o avanço do narcotráfico, muito forte na região.
5.     Que, nos planos de formação dos seminários e casas religiosas, se aprofunde uma teologia índia para entender melhor a espiritualidade indígena e supere erros históricos que atropelaram culturas originárias (cfr. IL, n. 98, d,1).
6.     Que a educação motive os jovens a construir o seu projeto de vida, comprometidos com a construção de um mundo mais justo e fraterno.
Obrigada.

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